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Modelo Concetual


Modelo Concetual
 

 
O Programa de Modernização aposta num modelo de edifício escolar adequado ao projeto educativo de cada escola, com as suas necessidades, objetivos e características. Este conceito tem que garantir a durabilidade e sustentabilidade da intervenção, considerando possíveis adaptações e a reestruturação do espaço de acordo com as estratégias educativas e o desgaste natural provocado pelo uso.

O modelo concetual de escola que serve o Programa de Modernização assenta em três princípios básicos: a articulação dos vários setores funcionais (áreas letivas e não letivas); a garantia de condições para o seu funcionamento integrado; e a possibilidade de abertura de alguns setores à utilização pela comunidade exterior em períodos pós-letivos.

O modelo de reorganização do espaço escolar adotado pelo Programa de Modernização procura responder a estes requisitos a partir da adaptação do conceito de learning street introduzido por Herman Hertzberger na Escola Montessori, em Delft, na década de 1960. Os vários setores funcionais da escola estão articulados através de um percurso tridimensional que constitui uma sucessão de espaços interiores e exteriores de valência diversificada, relacionados com diferentes situações de aprendizagem formal e informal.

Torna-se evidente a necessidade de definir uma hierarquia funcional encarando a escola como um organismo vivo e evolutivo. No modelo concetual aplicado é reforçada a existência de um núcleo de aprendizagem formal, estruturado em níveis correspondentes às grandes áreas do saber, que dialoga com o núcleo de aprendizagem informal. Reconhecendo o papel da escola na dinâmica urbana onde se insere, o núcleo de serviços passíveis de se abrirem à comunidade é pensado de forma estratégica criando um setor que deve exibir forte condição de centralidade e, ao mesmo tempo, de possível destaque nos períodos fora da atividade escolar, física e simbólica, onde se encontra a biblioteca/centro de recursos, os espaços de conhecimento e de memória (de cariz museológico), a área da restauração, a loja de conveniência (agrupando as áreas de livraria/papelaria e reprografia), o núcleo de espaços desportivos e um espaço polivalente para a realização de assembleias e outros eventos de âmbito alargado, assim como para a utilização por alunos para efeitos de convívio. Em vários casos este fórum é complementado com instalações para a formação de adultos e a certificação de competências. As zonas destinadas a docentes e funcionários são redimensionadas para poderem responder de forma flexível às necessidades presentes e futuras, compreendendo sempre núcleos de administração e gestão, de atendimento geral e a pais e encarregados de educação, de direção, de trabalho e de convívio.

Clarificados os princípios da intervenção e o modelo concetual de organização espacial, foram elaborados documentos técnicos que os divulgam, junto do público e, em particular, das equipas projetistas. Os Manuais de Projeto são dedicados a áreas disciplinares como a Arquitetura, as Instalações Técnicas, a Arquitetura Paisagista ou a questões tão relevantes como as Acessibilidades. Estes documentos técnicos procuram sistematizar exigências funcionais e soluções de articulação funcional, através de esquemas gráficos e recomendações desenhadas e escritas e complementam a informação disponibilizada no plano estratégico e no programa de espaços definidos para cada intervenção.